Vocês sabem que o trabalho do projeto Brasil Social Chic é apoiar e desenvolver projetos de geração de renda para pequenos produtores.Nos últimos 3 anos, trabalhamos com mais de 15 empreendimentos de Comércio Justo ao redor do Brasil, ajudando-os a desenvolver produtos de moda e artesanato, a valorizar sua identidade, seu dom. O resultado desse trabalho é super reconhecido pelo mercado.
Mas agora - enfim - chegou a nossa vez de ter uma marca com a nossa cara, o nosso estilo, a nossa bossa.
Vocês já ouviram alguem falar sobre o papel semente?? Pois é, eu já havia ouvido falarem sobre, mas sabia muito pouco. Para os que nunca ouviram falar sobre esse tipo de papel uma rápida explicação. Papel semente é um tipo papel reciclado em que, durante sua preparação, são colocadas sementes em sua massa. Isso mesmo. E depois do papel ser utilizado ele deve ser plantado e então irão nascer flores - tipo cravinhos franceses ou boca de leão - ou hortaliças - como rúcula e agrião - tudo depende da semente que foi utilizada. Mas fique calmo, as sementes não irão brotar assim tão rápido e também não precisam ser plantadas imediatamente.
Conhecemos o pessoal da Papel Semente - empresa que produz esse tipo de papel - em uma reunião em São Gonçalo. Fiquei muito intrigado e quis saber tudo sobre esse tipo de papel para escrever esse artigo.
O lado ambiental
A Brasil Social Chic sempre se preocupou com a sustentabilidade como um todo e quando tivemos conhecimento do papel semente nós tivemos a certeza, encontramos o material para os nossos tags. Afinal, depois da compra, sabemos qual o destino dos tags dos produtos de moda: o lixo.
Agora os tags da Brasil Social Chic, feitos com os papeis da Papel Semente, podem ser plantados e darão lindos cravinhos franceses (flor escolhida para nossa linha).
O melhor é que o próprio papel já serve para dar início a germinação, basta molha-lo todos os dias até germinar e depois plantá-lo. Acho que você irá se lembrar da experiência com o feijão na escola, não lembrou?? O mesmo ocorre nesse processo. Uma volta a infância, rsrsrsrsrsrs
Algumas empresas também estão utilizando este papel para sua folheteria, principalmente para folders e comunicados que não serão guardados e sim jogados fora. O que é uma ótima solução.
Mas lembre-se, se não for mais utilizar o papel o melhor é plantá-lo e não jogá-lo no chão apenas. Leve para casa, deixe germinar e plante as flores nos canteiros da cidade.
O lado social da empresa
Se você acha que a empresa Papel Semente se preocupa apenas com a suatentabilidade ambiental, está enganado. Eles nos falaram que o trabalho deles não é só ambiental, mas também social. O papel que eles utilizam para reciclar vem de uma Cooperativa de catadores de resíduos (Você sabia que não é legal chamar de lixo o que pode ser reciclado??). Eles separam o papel que será vendido e utilizado pela Papel Semente - o papel mais branco para a produção do papel off white.
Se você acha que eles fazem apenas isso pelo social você está enganado. A empresa fica em uma região onde está sendo implementado o COMPERJ - Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. É uma região com um baixo IDH e a Papel Semente tem capacitado os moradores dessa área para trabalharem na empresa, dando emprego e um futuro a essas pessoas.
Plante essa idéia e use papel semente para as suas criações.
Evento no Itanhangá no dia 08/07
No domingo fizemos um pequeno evento no Itanhangá, posto aqui algumas fotos que fizemos. Muito obrigado aos que puderam comparecer. Os que não puderam, mas torceram pelo sucesso também.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Energia Brincando
Um pouco antes da Rio+20 ocorreu no Rio de Janeiro o evento TEDxRio+20, um dia e meio de palestras curtas mas muito interessantes sobre o tema SUSTENTABILIDADE. OK, algumas palestras fugiram do tema, mas a maioria foi bastante interessante.
Uma pergunta que ficou no ar foi: Que tipo de ser humano você? PASSIVO - que espera acontecer e nada faz; REATIVO - que reage aos acontecimentos; PRÉATIVO - que se prepara para as mudanças; ou PRÓATIVO - que constroi o futuro?
Será que queremos ficar sentados esperando por mudancas, que podem ou não acontecer, ou queremos fazer essas mudanças acontecerem? Duas palestras feitas nesses dois dias de evento nos provam que não podemos ficar sentados esperando. Que precisamos procurar por soluções para os problemas atuais ou nunca iremos mudar nada.
As duas falas foram de estudantes americanos e sobre o mesmo tema, como obter uma energia elétrica limpa de ações no nosso dia a dia, ou seja, de ações que fazemos e que nunca paramos para pensar que podemos gerar energia ao praticá-las.
Jessica O Mathews nos apresentou essa maravilhosa invenção. Você alguma vez pensou em gerar energia enquanto joga bola? Já imaginou, no pais do futebol, como estamos perdendo energia ao não utilizar esse mecanismo em todas as bolas de futebol que por aqui existem?
Em comunidades de baixa renda isso é muito útil. Um exemplo é o uso do lampião a base de querosene. Utilizar um desses é o mesmo do que fumar dois maços de cigarro dentro de casa por dia. Imagine a diferença de se ter energia limpa dentro de casa e fazer esporte ao mesmo tempo.
O Brasil é o País do Futebol. Não precisamos de campos maravilhosos para praticarar este esporte, apenas de uma área livre, quatro latas (ok podem ser pedras, tocos de madeira, ou até chinelos...) e pronto, um campo está criado.
Dentro da bola um mecanismo gera energia através do movimento (uma idéia não muito diferente do mecanismo utilizado nos relógios de pulso que não necessitam de corda nem de bateria) e armazena a energia gerada para que seja utilizada da maneira como quisermos.
Um joguinho e pronto, recarregue seu celular, ligue uma lampada para ler a noite ... Imagine esse mecanismo em todos os tipos de bola. Tennis, volei, basquete, qualquer bola.
Você já imaginou gerar energia elétrica com o simples ato de dar uma caminhada? Pois isso está sendo testado e em breve deverá ser utilizado. Laurence Kemball Cook nos apresentou o PAVENGEN, o piso que gera energia ao ser precionado pelo nosso corpo quando andamos por cima dele.
Imagine usar esse tipo de piso nas escolas, condomínios, academias de ginástica, aeroportos ou até mesmo na Rua.
Esses duas invenções, o Soccket e o Pavengen nos mostram que devemos ser mais Pró-ativos em relação a sustentabilidade, não podemos esperar sentados por mudanças, pois caso essas demorem muito a surgir teremos um problema muito maior para solucionar.
Mudando o Mundo através da moda? Changing the World through fashion?
Na segunda, dia 18 de junho, assistimos no Global Sustainability Forum, que ocorreu no Windsor Barra, a palestra que dá o título a essa postagem. Diversos nomes importantes da moda participaram fazendo apresentações, Oscar Metzavaht - da Osklen - e Rosella Ravaglia - a responsável pela área de sustentabilidade da Gucci - , assim como o Ministro do Clima, Energia e Construções da Dinamarca, o Sr Martin Lidegaard e representates do Instituto de moda Dinamarquês.
Um dos palestrantes que melhor definiu como a moda vem evoluindo foi Oscar Metzavaht - fundador e designer da Osklen. Ele disse que hoje o Novo Luxo é a soma da beleza, da estética e da ética. Enquanto na última decada passamos do American Way of life, pelo luxo Europeu e a produção de massa chinesa, hoje estamos em um momento da moda onde o social e o meio ambiente (dois dos alicercer do tripé da sustentabilidade) estão ganhando força e se transformando no Novo Luxo, o Novo Chic.
Um ponto que achamos bastante pertinente foi ele ter sido bem enfático ao falar que as compras sociais são feitas por bondade e não pelo desejo ou pela qualidade. Ou seja, as pessoas fazem caridade, e esse tipo de produto vende pouco, pois quem compra por caridade compra apenas uma vez e não repete a compra. A qualidade e o luxo não são características que devam ser combatidas, pois são duas características que fazem o mundo fashion crescer. O que precisamos fazer é trazer a sustentabilidade para o luxo. Precisamos projetar produtos que tenham todas essas características.
Também foi di que precisamos aplaudir todos os projetos que incentivem a sustentabilidade, até mesmo os que usem apenas 1% de algodão orgânico, pois conseguir incluir esse material em uma linha de produção já é uma vitória.
Outras duas que atacaram a produção de matéria prima e o uso dos recursos naturais foram Kathrine Hamnett e Summer Rayne Oaks.
Kathrine é designer é produz estampas para camisetas de protestos. Falou enfaticamente da necessidade do fim do uso de pesticidas, pois eles nnao matam apenas as "pragas", matam também os insetos polinizadores, como as abelhas, as aves - que se alimentam desses insetos que estão sendo exterminados -, além dos agricultores, que não utilizam os equipamentos adequados de proteção, se envenenando com esses produtos.
Summer possui um site - www.source4style.com - onde podemos encontrar as matérias primas e produtos sustentáveis. Ela mostrou que a industria da moda é a segunda que mais polui o planeta. Falou que precisamos comunicar melhor nossas criações, assim como criar e produzir conscientemente, de forma mais cuidadosa e de modo mais relevante. Ela terminou sua fala com um apelo de não darmos as costas para os problemas que estamos enfrentando, mas que precisamos dar as mnaos e trabalhar por um bem maior.
A representante da Gucci, Rossella Ravagli, demosntrou que a Gucci não trabalha apenas em ações externas, como a proteção da Amazônia, mas em campanhas internas na conscientização de seus funcionários.
O interessante de todo o evento foi ver pessoas de diversas partes do mundo com um objetivo em comum, criaando produtos para um novo modo de vida, mais sustentável - social e ecológico - sem deixar a qualidade, a estética e o luxo de lado.
Olha só a Brasil Social Chic fazendo sucesso no Caderno Ela, do jornal O Globo!
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Vermelho
Poder, riqueza, atração,
amor, paixão, desejo e também a cor dos tomates secos italianos.
Visitando a Itália não se
deve perder a oportunidade de ir ate a Calábria ou Puglia durante os meses de
Julho e Agosto e se deliciar vendo fiadas e mais fiadas de tomates, cortados ao
meio e colocados as portas de todas as casas das aldeias.
Expostos ao sol e
protegidos dos insetos por redes, ficam ao relento ate se secarem por completo.
Seu cheiro muito característico se espalha pelas ruelas e se torna um convite
para muitas celebrações.È uma técnica
de conservação muito tradicional e que vem sendo usada há muitos séculos e
permite que os frutos colhidos sejam armazenados para seu uso durante o
inverno.
As regiões mediterrâneas
produzem toneladas de tomate e apenas uma pequena parte se destina a secagem ao
sol. A maior acaba sendo enlatada em conservas que serão utilizadas na
preparação dos molhos tão presentes na culinária italiana.
No começo da primavera o
solo é preparado com fertilizantes naturais e em abril as mudas dos tomateiros
são selecionadas e transplantadas para os campos já fertilizados.
Quando chega a época da
colheita, mulheres das aldeias vão ate os campos e começam a apanhar com as
mãos estes frutos vermelhos e saborosos. Da-se então o processo de secagem. São
necessários dez ou mais quilos de tomate para se obter quinhentas gramas do
alimento seco.
Agora é só se deixar cair
em qualquer tratoria próxima da Via Veneto e comer até o estomago ficar cheio e
a carteira vazia.
Nesta coleção nossas bolsas viajaram a Roma... As bolsas são produzidas a mão com muito carinho por uma grande artesã do Rio e sua matéria prima é sustentável. Você não pode perder!!
Estamos nos últimos preparativos para o lançamento da nova coleção de acessórios da BSC!
Em alguns dias estaremos apresentando uma linha de bolsas desenvolvida pensando naquelas mulheres que amam viajar, experimentar novas sensações e conhecer novos lugares.
A primeira parada é em Roma.
Aguardem!!
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