Correndo mandei um e-mail para o RP da Topshop que aparece no site da Arcadia (a holding que controla a Topshop) e, qual não é minha surpresa que me responderam hoje dizendo que a marca estaria se estabelecendo no país e, por esse motivo, ainda não colocaram a entrega online para ver como seria o andamento do projeto! Quase caí pra trás mas fiquei com um pé atrás - afinal, eu já havia falado sobre isso por aqui e até agora nem um sinal de fumaça havia sido emitido para mostrar que a Topshop realmente iria abrir suas portas num futuro próximo.
ana carolina atacando de pichadora de cartazes da Topshop!
Isso foi hoje de manhã - por volta das 11am daqui de Barcelona - e agora li no Petiscos da Julia Petit que é verdade mesmo, eles estão entrando no país! Brasileiras amantes de moda, pessoas queridas do meu Brasil, façam uma festa coletiva, saiam pelas ruas, pulem de felicidade, gritem a todos os pulmões. Essa é uma pequena mostra de que sim, o fast fashion internacional está finalmente chegando à terra Brasilis - nós não somos invisíveis (porque eu honestamente cheguei a pensar nisso)!
Falando sobre *business*, acredito que o Brasil não foi incluído na lista de países que o site Topshop.com entrega internacionalmente porque as lojas da marca aqui no Brasil não serão exclusivamente de Phillip Green. O grupo Iguatemi tem participação financeira na entrada da marca no Brasil (Carlos Jereissati havia sido visto jantando com Green por Londres e NY...) e, provavelmente, colocou no contrato algum tipo de cláusula impedindo a entrega. Afinal, se brasileiras (e brasileiros!) comprarem pelo site não entrará dindin na conta do Iguatemi, né?
Além disso, fico com aquela pulga atrás da orelha e penso: será que a Topshop vai dar uma de Zara e Accessorize, e entrar com preços três vezes mais caros que os vendidos por aqui e empurrar as sobras de estoque da estação anterior? Ninguém nunca me contou, não ouvi falar e não li em lugar nenhum - eu vi com meus próprios olhos vestidos sendo vendidos na Zara brasileira por 299 reais quando os vi (e até comprei um) aqui por 29-39 euros.A Topshop aqui em Barcelona tem preços 20-25% mais caros que os do Reino Unido. E minha cunhada, quando morava em Londres, comprou uma bolsa da Accessorize no final da temporada de promoções por 3 libras. A mesma estava sendo vendida na Accessorize brasileira por 129 reais.
Se for pra ser assim, realmente é uma tristeza que dói. Porque a intenção é ser aquela fast fashion gostosa, com uma vibe legal e com preços accessíveis - dar chance a milhares de meninas brasileiras que morrem de vontade de se jogar num universo fashionista mas não tem a grana pra isso. O Brasil é um país CARO pra se viver. Muito caro. E eu espero mesmo que a Topshop venha com a mesma filosofia, e não com a de ser mais uma marca que entra no mercado brasileiro querendo ser high end com produtos de high street.
P.S.: A Ana Cristina perguntou onde serão as lojas e eu respondo: ambas em São Paulo (como sempre!), infelizmente. Dado que o grupo Iguatemi é sócio de Phillip Green nessa empreitada brasileira, ambas as lojas serão abertas em shoppings do grupo em São Paulo. Uma será somente Topshop e a segunda será Topshop e Topman (dedicada aos meninos!) juntas. Acredito que, se ambas forem um sucesso, provavelmente o próximo destino será o Rio, mais precisamente o Barra Shopping, já que faz parte do grupo Iguatemi. Cariocas, *rezemos*!
Post escrito por Carol Aquino, colaboradora do blog Brasil Social Chic.